Cada peça é parte de um sonho.
O conjunto de todas as peças me transmite harmonia e me enche de orgulho. Não é a toa que demora pelo menos uma hora pra colocar tudo em seu lugar. Mas vale a pena. Poder dar um passo pra trás, olhar o Todo e pensar “eu idealizei, eu criei, concretizei e carrego comigo. Eu sou responsável por tudo isso”.
O pano cheio de trampo é uma materialização de um sonho ainda maior do que o de transmitir a delicadeza e a fluidez do Universo através das minhas criações: o de viajar, explorar e descobrir o fascínio desse mundo em todos os seus desdobramentos. Descobrir a beleza e a fartura na simplicidade & criar laços verdadeiros e duradouros com toda a sorte de pessoas e lugares. Nem sempre foi fácil (e nunca será), mas sempre foi, e tenho certeza que sempre será gratificante. Saber que posso ir. Me despedir, e partir. E depois voltar, quando eu bem entender. Sou um espírito mutável e a arte me permite ressoar de acordo com o meu Ser.
É incrível a satisfação que me dá finalizar uma peça. Olhar para ela e saber que é uma co-criação. Mente, espírito e coração trabalhando juntos. O que tiver dentro vai se materializar fora, de uma forma única e surpreendente. Então criamos um novo corpo, cheio de nós mesmos, que antes não tinha espaço nesse mundo, e o carregamos por onde quer que passamos. Junto com tantos outros, que guardam outras fases das nossas vidas, outros pensamentos, outros sonhos e motivações…
E de canto em canto seguimos. Quando “abrimos o pano”, expondo, abrimos para o mundo várias facetas do nosso Ser. Através da arte. É como expor a si mesmo, estando disposta a transmitir, absorver e trocar com o Universo e com todos os seres que nele habitam